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Odontologia Digital 7 min de leitura

Clínica e laboratório conectados: colaboração digital que acerta na primeira

Clínica e laboratório conectados: colaboração digital que acerta na primeira
Editora Sia

Quando clínica e laboratório trabalham em sincronia, a odontologia entrega mais do que estética e função: oferece previsibilidade. A boa notícia é que a tecnologia atual permite transformar a troca de arquivos, as aprovações e as conferências em um processo fluido, com menos ajustes na cadeira e prazos mais curtos. Este artigo mostra como estruturar uma colaboração digital que reduz retrabalhos e melhora a experiência do paciente em cada etapa, do pedido à instalação.

Prescrição digital que fala a língua do laboratório

O primeiro passo para acertar na primeira é padronizar o que será enviado. Uma prescrição digital consistente evita mensagens de ida e volta e dá ao técnico as informações certas para decidir materiais e técnicas. Considere:

  • Arquivos 3D: priorize formatos abertos como STL (geometria) e PLY/OBJ (geometria + cor). Inclua arcos, mordida e, quando possível, registros em diferentes posições para avaliar contatos.
  • Fotografia clínica padronizada: séries com e sem afastadores, referência de cor e, idealmente, fotos com polarizador para reduzir reflexos. Nomeie arquivos com um padrão simples (ex.: paciente_data_ângulo).
  • Detalhe do preparo: indique margem, necessidade de alívio, espaço mínimo para material e linha de inserção em próteses parciais. Uma captura intraoral adicional do preparo final polido ajuda muito.
  • Checklists inteligentes: campos obrigatórios para material (ex.: dissilicato, zircônia translúcida), translucidez, textura, área de caracterização, oclusão desejada e contatos proximais. Quanto mais estruturado, menos dúvidas.

Comunicação sem ruído: do chat ao comentário no modelo 3D

Dependendo do caso, a conversa clínica–laboratório precisa ser ágil e rastreável. Além de e-mails, plataformas que permitem comentar diretamente sobre um dente ou área no modelo 3D diminuem interpretações equivocadas. Procure soluções que ofereçam:

  • Mensageria integrada ao caso: fotos, vídeos e áudios anexados ao mesmo protocolo, sem dispersão entre aplicativos.
  • Controle de versões: histórico de arquivos enviados e aprovados, com datas e autores, evitando a fabricação com base em um anexo desatualizado.
  • Linhas do tempo e status: recebido, em análise, prova digital, em produção, enviado. Transparência reduz ligações e ansiedade da equipe e do paciente.

Validação virtual antes de fabricar

Provas digitais economizam horas de bancada e minutos valiosos na cadeira. Alguns passos simples aumentam a chance de instalação sem ajustes significativos:

  • Wax-up e mock-up virtuais: alinhe forma, proporção e linha média antes de partir para a fresagem ou impressão. Se necessário, converta a proposta em guia para mock-up intraoral e valide com o paciente.
  • Análise de espessura e folga: softwares de CAD mostram espessuras insuficientes e áreas críticas. Ajuste antes de cortar material.
  • Checagem de contatos: visualize contatos proximais e oclusais na proposta. Em reabilitações, avalie interferências em protrusiva e lateralidade quando houver dados funcionais.

Cor e textura sem adivinhação

Mais de metade dos retrabalhos estéticos nasce de cor mal comunicada. Padronize um protocolo de tomada e envio de cor:

  • Guia de cor digital e referência física: registre a guia ao lado do dente em pelo menos dois ângulos, com iluminação consistente.
  • Espectrofotometria quando disponível: leituras objetivas complementam a fotografia e reduzem subjetividade.
  • Textura e gloss: fotos macro evidenciando periquímas, mamelos e áreas de alto/baixo brilho orientam a estratificação ou caracterização.

Menos ajuste, mais conforto na instalação

O resultado ideal é aquele que assenta e oclui com mínimos toques. Além da validação virtual, algumas práticas reduzem o ajuste na cadeira:

  • Mordida fiel: refaça o registro se houver dúvida. Pequenas imprecisões de fechamento têm grande efeito nas cúspides.
  • Mapeamento seletivo: ao remover interferências, avance de áreas fortes para leves, conferindo articulação e desoclusão.
  • Regras de checagem: sequência fixa (assentamento passivo, proximal, oclusal, estética e fonética) evita retrabalhos desnecessários.

Métricas que importam para a parceria

Sem medir, não há como melhorar. Acompanhe indicadores simples que transformam a colaboração em um ciclo de aprendizado:

  • Taxa de remake e retrabalho: por tipo de peça, material, profissional e laboratório.
  • Tempo de ciclo: dias do envio ao recebimento e da prova à instalação.
  • Taxa de aprovação em prova digital: quantas propostas retornam para ajustes antes da fabricação.
  • Minutos de ajuste em cadeira: proxy direto de conforto do paciente e eficiência clínica.

Implantação em etapas, sem trauma

Trazer colaboração digital para o centro da rotina não precisa ser complexo. Um roteiro prático ajuda:

  1. Escolha um laboratório piloto: comece com quem se dispõe a testar processos e dar feedback honesto.
  2. Defina padrões: formatos de arquivo, nomeação, fotos obrigatórias, campos da prescrição e prazos.
  3. Treine a equipe: recepção, auxiliares e clínicos devem saber o que é indispensável em cada envio.
  4. Use modelos de caso: checklists prontos para coroa unitária, faceta, onlay, PPR, protocolo etc.
  5. Revise a cada mês: analise métricas, celebre o que melhorou e ajuste gargalos.

Quando o analógico ainda ganha

Há situações em que combinar digital e analógico é mais seguro. Moldagens convencionais podem ser preferíveis em margens subgengivais profundas, saliva difícil de controlar ou edentulismo total sem referências. O ponto é escolher com critério, documentar o motivo e, sempre que possível, digitalizar após a etapa analógica para manter o histórico no mesmo fluxo.

Ao final, colaboração digital é menos sobre softwares e mais sobre clareza: prescrever com precisão, validar antes de fabricar e manter a conversa organizada. O paciente percebe quando tudo flui — menos tempo na cadeira, previsibilidade e estética alinhada às expectativas.

Como o Siodonto ajuda
Para transformar esse plano em rotina, um software odontológico que centraliza a comunicação faz toda a diferença. O Siodonto permite anexar modelos 3D, fotos e prescrições padronizadas em cada caso, cria uma linha do tempo clara com aprovações e facilita o acompanhamento de prazos com o laboratório. Além disso, oferece um chatbot e um funil de vendas integrados: o chatbot qualifica e esclarece dúvidas de quem procura reabilitações estéticas ou reabilitação total, enquanto o funil organiza cada etapa até a instalação — do primeiro contato ao sorriso final. Com o Siodonto, sua colaboração clínica-laboratório ganha ritmo, e sua agenda colhe os frutos.

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